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Este é um relato que retrata as raízes e a trajetória do autor num período de duas gerações. O título, por si mesmo, mostra a causa primordial de todos os eventos históricos citados, tanto do ponto de vista social quanto da visão cultural que o narrador tem desses fatos. Assim, ele conta a sua história e ao mesmo tempo relata as origens do Porto Tibiriçá e da Estrada Boiadeira, empreendimentos da Companhia Viação São Paulo-Mato Grosso, que a partir de 1907 tornou-se praticamente a base fundadora da atual cidade de Presidente Epitácio e de grande parte da Alta Sorocabana, na época interligada pelos trilhos da ferrovia do mesmo nome.
A Estrada de Ferro Sorocabana, fundada no final século XIX para acompanhar a expansão cafeeira e aproveitar os benefícios econômicos do desmatamento pioneiro, era a mais importante referência estrutural e tecnológica em transportes dessa vasta região. Isso ocorria por meio dos seus inúmeros ramais interconectados entre o interior, a Capital e o litoral. Nessa época, entre outras atividades comerciais, o Porto de Santos era o principal exportador da produção agrícola e madeireira do estado. Era também a principal porta de entrada de produtos e imigrantes vindos do exterior. Antes que as rodovias roubassem a cena do transporte de cargas e de pessoas, a Estrada Boiadeira e os trilhos da E.F. Sorocabana, como tantas outras, foram tanto a base geradora de inúmeras cidades paulistas como também a grande motivação da vinda dos trabalhadores brasileiros de outras regiões, bem como de europeus e asiáticos que, juntos, formaram os novos municípios paulistas.
O Porto Tibiriçá - e depois Presidente Epitácio- recebia gado e madeira de Mato Grosso – bem como das grandes fazendas de invernada (engorda) que existiam na região -, embarcava nos vagões da Sorocabana até que, depois de 20 a 24 horas de viagem, chegava em São Paulo ou no litoral santista, quando havia necessidade exportação marítima. É nesse universo de idas e vindas que passa essa história.